Foto: Pinterest
Houve
um tempo em que o toque das suas mensagens no meu celular era diferente, acho
que é aquele “harpa” do iPhone. Sempre que escuto alguém com esse toque na rua
eu sorrio por dentro, soa como uma “piada
interna”. Os dias seguiram e você
não era mais a notificação mais recorrente. Toda vez que eu escutava o toque
padrão sabia que não era você. Sinto isso como colocar expectativa demais, não
tinha como não me decepcionar.
Hoje
o seu é igual aos outros, se mistura no meio de todo mundo. Assim, nunca sei
quem é, da sempre aquele frio na barriga ao ouvir várias notificações,
esperança mas ao mesmo tempo o pé no chão. Se não tem mensagem sua, vida que
segue. Se seu nome duplo aparece na tela do meu celular o coração acelera e
provavelmente acompanhado do riso de ler as mensagens pela “prévia”.
Confesso
que queria ser como você, que apaga as mensagens antigas, que tira a
notificação do aplicativo... E você ainda se diz controladora, olha, controla
minha vida... Porque autocontrole assim tá em falta. Desculpe, mas eu não
conseguiria ficar muito tendo sem ouvir aquele sininho e ficar imaginando quem
seria, ver as horas iguais, pensar que talvez você esteja pedalando pela cidade
só com roupas íntimas.
Eu
não acreditaria em mim se não eu não tivesse as mensagens antigas para provar
que um dia fotos aquele quase-casal fofo que manda mensagens bonitinhas e fala
que está com saudade, manda bom dia todos os dias entre outras milhares de
coisas que nem se quer me lembro agora. Hoje quando penso em te mandar algo
nesse estilo fico imaginando “que besta!”, será que é assim que nossos pais se
sentem depois de tanto tempo de relacionamento? Acho que essa fase pode ser
nossa nova piada interna.
Comentários
Postar um comentário