Foto: Pinterest
Adivinha só,
mais um texto sobre você, entre os quase vinte que eu já escrevi e outros
que eu nem se quer terminei de escrever. Sei que você já leu todos eles,
acredito que até mesmo aqueles que ainda estão nos meus pensamentos, porque
meus olhos não mentem. Talvez eles não sejam exatamente aquilo que você
esperava ler, me desculpa, eu não
escrevo cartas de amor. Quando falo de você e do que eu sinto acho que
aproximo meu leitor, preciso escrever coisas que meu público se identifique,
talvez algum dia você não faça mais parte. Quero que as pessoas sintam que
poderiam ter escrito aquele texto para expressar o que estão sentindo, não
exatamente um texto que possam usar para se declarar.
Eu não escrevo ficção. Sei que você já
disse que é como “ler o outro lado de algo que você mesma viveu”, mas eu tenho
certeza que se um dia você estivesse no meu lugar talvez não escrevesse apenas coisas que eu fosse gostar. Mas eu não
minto. Eu soube que você iria bagunçar
meu psicológico desde a primeira vez que eu te vi, hesitei por alguns
minutos, mas aprendi na vida e confirmei com você de que não podemos deixar de
viver nada. Entrei nesse trem louco carregando apenas a roupa do corpo, nem se
quer uma muda de roupas, uma garrafa de água ou um kit de primeiros socorros. Era tudo ou nada.
Eu achei
que estava te dando tudo quando te elegi a minha maior musa inspiradora, mas
revisitando nossas conversas antigas lembrei do único filme de romance que você
assistiu. Não bastava, tinha que ser para
você. Não há ninguém que te conheça
melhor do que você mesma, não fazia sentido falar de algo que qualquer um
podia ver no meu olhar. Eu tinha que escrever cartas para você,
todos os dias, guardá-las com a esperança de um dia você ler e você vai ler. Parece um pouco utópico,
mas gosto de pensar na ideia de você acessar essas cartas e um dia poder
mostrar para seus netos e dizer “recebi quando eu era nova”, ou ler durante uma
viagem quando estiver sem internet e nada mais para se distrair.
Prometo que vou me esforçar para alimentar
a minha imaginação infantil e louca.
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