Oi...
Não
sei nem se posso te chamar assim. Me contaram que você já sabe de mim, sabe da
minha história com seu filho e que quer me conhecer (com ou sem ele...). Admito
que eu não gostaria de te conhecer assim. Ainda sonho com aquele momento em que
ele diria “hoje vou te apresentar para minha família... como minha namorada”. O
frio na barriga, as borboletas acordando, chegar na sua casa de mãos dadas com
ele e a expectativa ao girar a chave na porta.
Nossa
história não é perfeita. Nem mesmo sei se iremos continuar juntos. Mas eu sei
que você está depositando muitas expectativas em mim. Que conta comigo na vida
dele (confesso que eu também...). Mas a verdade é que não serei eu a pessoa que
irá mudar ele. A pessoa que irá leva-lo para “o bom caminho”...
Ele
precisa mudar por si próprio para abrir espaço para mim em sua vida. Porque
ainda não tem espaço para mim nessa família por mais que você pense que coração
de mãe sempre caiba mais um. Mas o coração de um nômade nem sempre tem espaço
para alguém.
Eu
sou completamente capaz de ver que ele está machucado, e talvez dentro do meu
coração tenha a poçãozinha mágica que irá curá-lo. Mas ele precisa abrir o
coração para me receber e ele ainda não o fez. Talvez eu espere por ele... Não
sei! Mas eu posso te prometer uma coisa: se um dia ele me aceitar na vida dele
por completo, eu farei de tudo para torná-lo o homem mais feliz do mundo. (E
pretendo ser, também, a mulher mais feliz do mundo).
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